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China lidera compras de minério do Brasil no 1º trimestre de 2025

A China segue como destino dominante das exportações brasileiras de minério, consolidando sua posição estratégica no comércio bilateral. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o país asiático absorveu impressionantes 68,3% das 87,7 milhões de toneladas de minérios exportadas pelo Brasil entre janeiro e março de 2025.

Durante coletiva em Brasília, o Ibram reforçou que a mineração continua sendo um dos motores da balança comercial brasileira. No primeiro trimestre, o setor foi responsável por um superávit de US$ 7,68 bilhões, representando 77% do saldo comercial total do país, que foi de US$ 9,98 bilhões no período. Em 2024, essa participação havia sido de 47%, o que demonstra a força crescente do setor — mesmo em um cenário de preços internacionais mais baixos.

Apesar da queda de 13% no valor das exportações minerais em dólar, puxada pela baixa do preço do minério de ferro, a receita em reais do setor subiu. Foram R$ 73,8 bilhões (US$ 12,95 bilhões) movimentados no trimestre, um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O minério de ferro, carro-chefe da pauta mineral, representou 53% do total, com receita de R$ 38,8 bilhões, apesar de uma retração de 12% na comparação anual.

O impacto positivo também se refletiu na arrecadação e no mercado de trabalho: R$ 25,5 bilhões em tributos recolhidos (+8%) e 223 mil empregos diretos, com mais de 2 mil novas vagas criadas apenas nos três primeiros meses do ano.

Para o CEO do Ibram, Raul Jungmann, o cenário é promissor: “O Brasil tem potencial para liderar o fornecimento mundial de diversas substâncias minerais”, afirmou. Ele destaca que a demanda global por minerais estratégicos, essenciais para a transição energética, descarbonização, tecnologia e até defesa, deve impulsionar o setor nos próximos anos.

Nesse contexto, o setor de mineração brasileiro já projeta investimentos de cerca de US$ 68,4 bilhões até 2029, com foco em projetos de minério de ferro (28,7%), iniciativas socioambientais (16,6%) e infraestrutura logística (15,9%) — preparando o país para um papel ainda mais relevante na nova geoeconomia dos recursos minerais.

A relação com a China, cada vez mais sólida, é um reflexo claro dessa transição em curso.

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