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Sorvete chinês desembarca no Brasil: Mixue promete preços populares e 25 mil empregos até 2030

A China, que já é o maior mercado de sorvetes do mundo, movimentou US$ 19,16 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 33 bilhões até 2033, segundo a consultoria Renub Research. Desde 2014, o país lidera o setor em consumo e receita, reflexo direto das mudanças nos hábitos de seus consumidores e das estratégias inovadoras das empresas. Agora, esse apetite chinês chega ao Brasil com a rede Mixue, que promete preços populares e milhares de empregos.

Mudanças no consumo chinês

Enquanto no norte, de clima frio, a demanda é menor, o consumo se concentra no leste e sul do país, em metrópoles como Xangai e Hangzhou. Produtos caros, antes símbolo de status, perderam espaço para opções mais acessíveis, vendidas a menos de 5 yuans (cerca de R$ 3,75), que se popularizam nas redes sociais. Em junho de 2025, a hashtag “o sorvete retorna à era de 5 yuans” registrou mais de 63 milhões de visualizações no Weibo, provando o peso do preço baixo no mercado.

Outro atrativo é o visual: sorvetes inspirados em pontos turísticos ou símbolos culturais, vendidos em museus e parques, viraram sucesso pelo apelo “instagramável”. Além disso, sabores com ingredientes tradicionais — como chá matcha, feijão vermelho e gergelim preto — e versões saudáveis, com menos açúcar e gordura, ampliam a diversidade.

Esse cenário é sustentado por investimentos pesados em logística. A cadeia de frio, cada vez mais eficiente, permitiu que as vendas online disparassem. Só o e-commerce deve movimentar US$ 2,27 bilhões até 2025, representando quase um terço das vendas de alimentos congelados no país.

Mixue: do interior da China à Avenida Paulista

Entre as gigantes do setor, a Mixue se tornou fenômeno global. Criada em 1997 em Henan, por Zhang Hongchao, a rede ganhou escala em 2005 ao apostar em sorvetes por 1 yuan (R$ 0,80), conquistando o público de baixa renda. A estratégia de preço acessível garantiu uma expansão meteórica: em 2024, a empresa já superava McDonald’s e Starbucks em número de lojas, com mais de 45 mil pontos espalhados pelo mundo.

Agora, a aposta é no Brasil. A primeira loja da marca será inaugurada em breve em um shopping na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), a Mixue planeja investir R$ 3,2 bilhões no país até 2030, com a expectativa de gerar 25 mil empregos.

Brasil no radar global

O investimento da Mixue reforça o potencial do mercado brasileiro como destino estratégico para marcas internacionais de alimentação. A aposta na fórmula de preços baixos, variedade de sabores e experiência acessível pode conquistar milhões de consumidores em um país já habituado a associar sorvete a lazer e momentos de família.

Se na China o sorvete se transformou em um fenômeno cultural e comercial, o Brasil agora está prestes a viver uma nova onda gelada — com sabor de oportunidade econômica e popularização do consumo.

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