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Lula recebe XCMG e discute novos investimentos chineses

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no Palácio do Planalto, o presidente do Grupo XCMG, Yang Dongsheng, para uma conversa centrada na expansão de investimentos chineses no Brasil. Segundo o portal China2Brazil, o encontro aconteceu em 20 de outubro e abordou a presença de empresas da China em projetos de infraestrutura, no avanço da economia digital e na transição verde. Lula reforçou que o governo pretende cooperar com companhias chinesas para acelerar o desenvolvimento sustentável e gerar benefícios mútuos entre os dois países.

Na reunião, o presidente destacou a trajetória de mais de dez anos da XCMG no país, com resultados ligados à modernização industrial, redução de emissões e digitalização de processos. O mandatário também mencionou a operação do Banco XCMG Brasil e sinalizou interesse na criação de um instituto de pesquisa da empresa em território nacional, além da ampliação de aportes e do adensamento das relações econômicas e culturais Brasil–China. Para o governo, a presença de grupos com base tecnológica pode apoiar metas de produtividade e competitividade em cadeias essenciais, do maquinário pesado à infraestrutura logística.

Yang Dongsheng apresentou um quadro de evolução da XCMG no Brasil: das exportações e da construção de fábricas ao estágio atual, marcado por “transformação inteligente, digital e conectada”. De acordo com o executivo, a estratégia corporativa prioriza tecnologia, sustentabilidade, globalização e excelência em serviços — com foco em digitalização industrial, produção verde e responsabilidade social. A empresa afirmou ainda que pretende fortalecer a formação de jovens talentos locais e consolidar o Brasil como centro estratégico para atender os principais mercados da América do Sul no longo prazo.

Além do presidente, participaram da agenda o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. A composição política do encontro sinaliza que a pauta ultrapassa anúncios pontuais e mira um pipeline de projetos com potencial de encadear efeitos sobre emprego, inovação e transição energética — especialmente em frentes como eletrificação de frotas, eficiência de obras públicas e modernização da indústria de máquinas e equipamentos. A articulação interministerial também é vista como condição para transformar compromissos empresariais em resultados mensuráveis.

Para o leitor brasileiro, a relevância está no impacto prático: colaboração tecnológica com grupos globais tende a reduzir gargalos de infraestrutura e acelerar a descarbonização de setores intensivos em energia, enquanto programas de qualificação local podem ampliar produtividade e absorção de mão de obra. A confirmação de novos investimentos, a eventual instalação de um instituto de P&D e o detalhamento de cronogramas e metas serão os próximos sinais a acompanhar. Caso se concretizem, essas iniciativas reforçam a estratégia de inserção internacional do Brasil e o papel do país como hub industrial e logístico na América do Sul.

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