
O ecossistema de ciência e tecnologia do Rio de Janeiro acaba de ganhar um novo protagonista na cooperação Brasil–China. Foi oficialmente lançado na capital fluminense o Centro Brasil-China de Inovação Científica e Estratégica, já registrado e com operação física iniciada, reunindo quatro parceiros de peso: a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), a Petrobras, a Universidade do Petróleo da China (CUP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa avança em paralelo à implementação do Instituto China-Brasil de Engenheiros de Destaque, reforçando a aposta conjunta em formação de talentos e inovação aplicada ao setor energético.
Na cerimônia de lançamento, o cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, destacou que o novo centro deve operar como uma plataforma de referência em três frentes: cooperação em recursos humanos, geração de resultados tecnológicos de alto impacto e apoio à atualização industrial em ambos os países. A expectativa é que, a partir de projetos conjuntos, o centro produza casos exemplares de inovação, contribuindo diretamente para a transição energética e a modernização industrial do Brasil e da China, com foco em soluções de longo prazo.
Do lado empresarial, a CNOOC e a Petrobras enxergam na parceria uma forma de ampliar a cooperação energética para além da produção de petróleo e gás. Segundo Yu Jin, vice-gerente-geral da CNOOC, o centro nasce com a missão de articular desenvolvimento verde e de baixo carbono, explorando caminhos tecnológicos que vão desde o uso mais limpo de energias tradicionais até o aumento da eficiência na utilização de fontes renováveis. A vice-presidente da Petrobras, Sylvia Anjos, ressaltou que a complementaridade de competências entre as quatro instituições torna a inovação científica e tecnológica o principal motor de um novo patamar de cooperação energética entre os dois países.
Na área acadêmica, o reitor da CUP, Jin Yan, sublinhou que a estrutura foi desenhada para responder a desafios concretos em engenharia oceânica, exploração de petróleo e gás em águas profundas, redução de emissões de carbono e transição verde da matriz energética. Já o reitor da UFRJ, Roberto de Andrade Medronho, afirmou que o centro funcionará como um hub de intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e chineses, com ênfase na transformação de conquistas científicas em competitividade industrial, por meio de projetos conjuntos de pesquisa e programas de formação colaborativa de talentos.
Com foco explícito em tecnologias de ponta e na aplicação prática dos resultados, o Centro Brasil-China de Inovação Científica e Estratégica pretende integrar recursos técnicos, humanos e financeiros dos quatro parceiros para acelerar a inovação no setor energético – especialmente em segmentos de alta complexidade, como o desenvolvimento em águas profundas e as soluções de baixo carbono. Cerca de 200 representantes de empresas, universidades, instituições de pesquisa e associações industriais dos dois países participaram do lançamento, sinalizando que a nova estrutura nasce já conectada a uma rede ampla de atores público-privados. A expectativa é que, a partir do Rio de Janeiro, o centro se consolide como um laboratório estratégico da cooperação Brasil–China em energia, somando pesquisa avançada, transferência de tecnologia e formação de engenheiros capazes de liderar a próxima etapa da transição energética global.
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