O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma nova cooperação com o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS), ampliando a colaboração entre os dois países na área de produção e análise de dados oficiais. O acordo, que integra a agenda bilateral de aprofundamento técnico, visa o intercâmbio de metodologias, formação de pessoal e adoção de inovações no campo estatístico.
Segundo o IBGE, a parceria com o NBS permitirá ao Brasil acessar experiências chinesas de larga escala, especialmente em áreas como censos populacionais, uso de big data para formulação de políticas públicas, gestão territorial e estatísticas econômicas e sociais em tempo real. Em contrapartida, o Brasil compartilhará suas práticas em levantamentos domiciliares, pesquisas por amostragem e integração de registros administrativos.
A cooperação é vista como estratégica em um momento em que ambos os países reforçam seus sistemas nacionais de estatísticas para enfrentar desafios como desigualdade social, desenvolvimento sustentável e planejamento urbano. Além disso, a parceria ocorre em um contexto global de busca por maior transparência, padronização internacional de dados e combate à desinformação.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China é reconhecido por seu papel em integrar novas tecnologias — como inteligência artificial e aprendizado de máquina — à produção estatística. O país também se destaca por operar um dos maiores censos populacionais do mundo, envolvendo centenas de milhões de pessoas e vastas extensões territoriais. Já o IBGE é referência na América Latina, com longa tradição em pesquisas de campo e cobertura territorial ampla.
A aproximação entre as duas instituições também pode abrir portas para futuras colaborações envolvendo universidades, centros de dados e instituições multilaterais, como a Comissão de Estatística das Nações Unidas. A expectativa é que o conhecimento compartilhado entre Brasil e China possa contribuir para políticas públicas mais eficazes, baseadas em evidências sólidas e comparáveis internacionalmente.
A parceria reforça ainda o papel da China como parceira estratégica do Brasil em áreas além do comércio e da infraestrutura, estendendo a cooperação para o campo do conhecimento técnico e científico. Para especialistas, esse tipo de aliança fortalece a autonomia estatística dos países do Sul Global e representa um passo importante para a construção de uma governança global mais equilibrada.
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