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Suzano aposta no mercado chinês e reforça aliança estratégica com a China rumo a uma economia verde

A gigante brasileira Suzano, maior produtora global de celulose, reafirmou sua confiança no mercado chinês e na parceria estratégica entre Brasil e China. Em entrevista ao China Daily, o vice-presidente executivo global da Suzano para negócios e estratégia na China, Pablo Machado, destacou que o país asiático possui a “receita perfeita para o sucesso” e está bem preparado para enfrentar os desafios em meio às incertezas econômicas globais.

A fala do executivo não apenas demonstra otimismo com o ambiente de negócios chinês, mas também ressalta o papel cada vez mais simbiótico entre as duas nações. “A China é hoje nosso maior mercado, e o crescimento da Suzano por aqui é um reflexo direto da velocidade e consistência do crescimento chinês”, afirmou Machado.

Aliança Brasil-China no centro de uma nova economia verde

Com operações na China desde a década de 1980, a Suzano viu seus volumes de exportação crescerem exponencialmente ao longo das últimas quatro décadas. A presença da empresa brasileira se fortaleceu ainda mais em 2023, com a inauguração de um centro de inovação em Xangai, o primeiro da companhia na Ásia, fruto de um investimento de 70 milhões de yuans (cerca de US$ 9,7 milhões).

Recentemente, esse centro tecnológico lançou, em parceria com uma empresa chinesa de borracha, uma aplicação pioneira do pó de lignina da Suzano como substituto de antioxidantes fósseis — uma inovação que Machado descreveu como impressionante não apenas pela sustentabilidade, mas pela rapidez de execução: “A velocidade com que isso aconteceu mostra o quanto a China está preparada para liderar uma economia verde”, disse.

Segundo o executivo, o país oferece um conjunto de fatores que favorecem o sucesso sustentável: uma classe média crescente, um sistema educacional cada vez mais inclusivo, políticas públicas voltadas à ciência e tecnologia e um ecossistema vibrante de inovação. Diante disso, a Suzano planeja expandir seus investimentos na China, integrar fornecedores locais à sua cadeia global e contribuir para a aceleração do consumo de produtos de base biológica.

Estratégia alinhada com o novo modelo de desenvolvimento chinês

Machado destacou que a Suzano está ajustando sua estratégia global para se alinhar ao foco da China em novas forças produtivas e no consumo de alta qualidade. O executivo acredita que a parceria com a China não é apenas comercial, mas estratégica: “A busca da China por desenvolvimento de alta qualidade apresenta oportunidades significativas para o Brasil e para empresas brasileiras comprometidas com inovação, sustentabilidade e valor agregado”, afirmou.

A cooperação entre Brasil e China, portanto, vai muito além da exportação de commodities. Ela caminha para um modelo mais integrado, inovador e verde — no qual empresas como a Suzano têm papel central como pontes entre as vocações naturais do Brasil e as ambições tecnológicas e sustentáveis da China.

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