O escritório da ApexBrasil, em São Paulo, foi palco nesta segunda-feira (16) do 2º Fórum de Cooperação Financeira Brasil-China, um dos principais eventos do calendário bilateral em 2025. Reunindo representantes de governos, instituições financeiras e empresas estratégicas, o encontro teve como foco a ampliação da conectividade entre os mercados e o fortalecimento da cooperação em regulação, moedas locais e financiamento sustentável.
Organizado em parceria pelo Ministério da Fazenda, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e Banco de Desenvolvimento da China (CDB), o fórum refletiu o peso crescente da relação financeira entre os dois países no contexto dos 50 anos de relações diplomáticas.
A cerimônia de abertura contou com a presença de Tatiana Rosito, embaixadora e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda; Liao Min, vice-ministro de Finanças da China; Nelson Barbosa, diretor executivo do BNDES; Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC; Shi Taifeng, diretor de Cooperação Internacional do CDB; e Márcia Nejaim, chefe do escritório regional Sudeste da ApexBrasil.
Para Nejaim, a parceria financeira bilateral se reflete diretamente no trabalho da agência.
“A China é o nosso principal parceiro comercial. Atuamos com mais de 25 setores da economia brasileira que têm o país como destino prioritário para exportações, cooperação e investimentos. Nosso desafio é ampliar o comércio bilateral e diversificar a pauta exportadora”, destacou.
Ela lembrou ainda o recente acordo firmado com a rede chinesa Luckin Coffee, que prevê a compra de café brasileiro no valor de US$ 2,5 bilhões entre 2025 e 2029, além da identificação de 400 novos produtos com potencial de exportação para o mercado chinês.
Tatiana Rosito reforçou a importância da ocasião, marcada pelo cinquentenário das relações diplomáticas Brasil-China.
“É motivo de grande satisfação constatar a presença de empresas pioneiras que ajudaram a transformar nossa parceria em uma trajetória sólida e produtiva. Queremos aprofundar o conhecimento mútuo, ampliar a conectividade financeira e mobilizar recursos privados para o financiamento sustentável”, afirmou.
A programação trouxe painéis temáticos com especialistas de instituições como Bradesco, B3, Vale, Bank of China e ICBC. Entre os pontos de destaque estiveram as discussões sobre marcos regulatórios, integração de sistemas financeiros, uso de moedas locais em transações e os caminhos para fortalecer as finanças sustentáveis no comércio bilateral.
O evento foi encerrado com um jantar oficial, que contou com apresentação do violonista João Camarero, simbolizando a dimensão cultural da parceria. Mais do que celebrar avanços, o fórum reforçou a visão estratégica de Brasil e China em construir mecanismos de cooperação financeira capazes de sustentar novos fluxos de investimento, inovação e desenvolvimento sustentável.
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