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Maior abertura para investimentos estrangeiros se estabelecerem na China

“Este plano demonstra a determinação da China em melhorar ainda mais seu ambiente de negócios. Acredito que também terá um impacto positivo no aprofundamento da cooperação econômica entre a China e o Japão”, comentou Tetsuro Homma, vice-presidente global da Panasonic Corporation do Japão, após o governo chinês ter divulgado  no dia 19 o “Plano de Ação 2025 para a Estabilização do Investimento Estrangeiro”. A vice-presidente global da Tesla, Tao Lin, afirmou que a gigante de carros elétricos está mais determinada a intensificar suas operações na China, enquanto a diretora de Relações Públicas da Decathlon China, Zhao Jie, considera o plano um grande suporte para a empresa explorar ainda mais o mercado chinês. Analistas consideram que o plano reforça o compromisso da China com uma maior abertura, demonstrando compromisso e confiança em uma colaboração mutuamente benéfica com investimentos estrangeiros.

Até o final de 2024, mais de 1,239 milhão de empresas na China receberam investimentos estrangeiros, com o total de investimentos diretos ultrapassando 20,6 trilhões de yuans. Esse influxo de capital trouxe à China não apenas recursos financeiros,  mas também tecnologias avançadas e expertise em gestão, impulsionando seu desenvolvimento econômico. Em contrapartida, os investidores estrangeiros têm se beneficiado dos avanços proporcionados pela modernização chinesa.

O plano apresenta 20 medidas em quatro áreas principais: expandir de forma ordenada a abertura autônoma, melhorar o nível de promoção de investimentos, aumentar a eficácia das plataformas abertas e fortalecer os serviços de apoio. Para Lyu Yue, diretora executiva do Instituto de Inovação Global e Governança da Universidade de Comércio Exterior da China, o plano é abrangente, com um foco claro e orientado aos resultados, incluindo novas propostas como a eliminação das restrições ao uso de empréstimos domésticos por empresas de investimentos estrangeiros, além do incentivo ao investimento de multinacionais na criação de empresas do segmento, o que diversifica as formas de investir para as empresas estrangeiras e garante seu desenvolvimento na China.

Além disso, o plano propõe otimizar a estrutura dos investimentos estrangeiros, destacando setores-chave como pecuária, indústrias de alta tecnologia e serviços, esclarecendo os focos do capital estrangeiro na China. Tetsuro Homma, da Panasonic, comentou que a forte capacidade de inovação e grande oferta de profissionais de pesquisa da China permanecem atraindo multinacionais.

Os investimentos estrangeiros são incentivados pela iniciativa e as aquisições por investidores estrangeiros na China são facilitadas. Wang Xiaosong, professor da Faculdade de Economia da Universidade Renmin da China, acredita que essas medidas representam a abertura abrangente da China, desde a produção e operação até o setor financeiro. O plano também orienta mais investimentos de qualidade em empresas listadas na China, permitindo que o capital estrangeiro participe da distribuição de lucros sem se envolver na gestão operacional diária das empresas, refletindo a confiança das companhias internacionais no mercado chinês.

Somado a isso, a operação das empresas estrangeiras na China passa a contar com uma maior conveniência. Por exemplo, a eliminação das restrições ao uso de empréstimos domésticos por companhias de investimentos estrangeiros, uma nova medida que ampliou as fontes de financiamento e facilitou muito o acesso ao capital.

Um recente relatório da Câmara de Comércio dos EUA na China mostra que cerca de 70% das empresas do setor de consumo pretendem aumentar seus investimentos na China este ano. Da mesma forma, um relatório da Câmara de Comércio Britânica na China indica que 76% das companhias entrevistadas afirmam que manteriam ou aumentariam seus investimentos.

Por fim, conforme o planejamento, todas as medidas políticas devem entrar em vigor até o final de 2025. Este é uma resposta positiva para as empresas estrangeiras na China. Com a implementação contínua das decisões da terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China, e a introdução de mais “medidas conjuntas” para estabilizar os investimentos estrangeiros, as companhias de todo o mundo encontrarão mais possibilidades e descobrirão mais oportunidades de “enraizarem profundamente suas operações na China”.

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