Durante declarações recentes à imprensa, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, classificou a China como uma “parceira estratégica insubstituível” para o Brasil. A afirmação reflete o peso crescente da relação bilateral, que abrange comércio, investimentos, ciência, tecnologia e cooperação internacional em fóruns multilaterais.
Segundo Viana, a China desempenha papel fundamental não apenas como maior destino das exportações brasileiras — com destaque para produtos como soja, minério de ferro e carne bovina —, mas também como investidora em setores-chave como energia, logística, tecnologia e manufatura. “A China é, hoje, um parceiro com quem o Brasil pode planejar o futuro”, declarou.
Desde o restabelecimento democrático no Brasil, a relação com a China tem se consolidado como uma das mais estáveis e estratégicas da política externa brasileira. Em 2023, os dois países celebraram 50 anos de relações diplomáticas com uma série de encontros de alto nível, novos acordos e expansão do diálogo multissetorial.
Nos últimos anos, a parceria ganhou contornos ainda mais abrangentes, com o ingresso do Brasil na Iniciativa do Cinturão e Rota (Nova Rota da Seda), o fortalecimento do bloco dos BRICS e a cooperação em áreas como transição energética, mobilidade sustentável e saúde pública. A recente aproximação nas cadeias produtivas de alta tecnologia, como semicondutores e veículos elétricos, reforça esse vínculo de longo prazo.
A ApexBrasil tem atuado de forma proativa na identificação de oportunidades de internacionalização de empresas brasileiras no mercado chinês, além de apoiar a atração de investimentos asiáticos para o país. Para Jorge Viana, o papel da agência é garantir que o Brasil tenha uma estratégia consistente para aproveitar o potencial dessa parceria. “Precisamos sair da lógica da exportação primária e avançar para um modelo de cooperação industrial, científica e tecnológica”, disse.
Na visão de analistas, o reconhecimento da China como parceira insubstituível indica uma mudança de paradigma na política externa brasileira, que passou a enxergar o gigante asiático não apenas como mercado, mas como aliado geoeconômico de primeira ordem.
Com essa perspectiva, o Brasil fortalece sua posição como ponte entre a Ásia e a América do Sul, consolidando um papel de protagonismo no Sul Global e abrindo caminho para uma inserção internacional mais autônoma e plural.
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