A recente ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas a exportações chinesas e europeias foi respondida com firmeza pelo governo chinês nesta quarta-feira (22). Em declaração durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, reforçou a oposição de Pequim à guerra comercial e destacou que “não há vencedores em uma guerra de tarifas”, de acordo com reportagem do Global Times.
Mao Ning declarou que o país está preparado para manter o diálogo com os EUA, buscando resolver diferenças de maneira adequada e expandir a cooperação mútua. “Acreditamos no desenvolvimento estável, sólido e sustentável das relações China-EUA e continuaremos defendendo firmemente nossos interesses nacionais”, afirmou a porta-voz.
Trump, que assumiu seu novo mandato recentemente, voltou a propor tarifas de 10% sobre importações chinesas, citando questões relacionadas ao tráfico de fentanil, alegadamente enviado da China para os EUA por meio do México e do Canadá.
Reação internacional – As ameaças de Trump não se limitaram à China. Ele criticou a União Europeia (UE) por seu “grande superávit comercial” e prometeu aplicar novas tarifas a partir de 1º de fevereiro, incluindo punições econômicas ao Canadá e ao México.
Líderes globais responderam com prontidão. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que seu governo responderá “com vigor” a qualquer medida considerada injusta. “Tudo está na mesa para proteger nossos interesses”, disse ele em coletiva de imprensa.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, por sua vez, reforçou que defenderá a soberania de seu país e buscará diálogo com os EUA para preservar os interesses mexicanos.
Na Europa, Valdis Dombrovskis, comissário econômico da UE, garantiu uma resposta proporcional caso Washington leve adiante as novas tarifas.
Impactos – As declarações de Trump geraram preocupações nos mercados financeiros e entre grupos comerciais, que esperavam maior estabilidade após sua posse. As ameaças também relembram os momentos de tensão durante o mandato anterior, marcado por disputas tarifárias globais que afetaram cadeias de suprimento e relações comerciais.
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