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Lula reforça aliança estratégica com a China e defende nova ordem global baseada no multilateralismo

Faltando poucos dias para embarcar rumo à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a destacar, nesta segunda-feira (5), a relevância estratégica da parceria entre Brasil e o gigante asiático. Em entrevista concedida a jornalistas chineses — divulgada em suas redes sociais —, Lula classificou a relação como “cada vez mais forte” e essencial para a construção de uma nova ordem econômica global.

“A minha visita à China é a sequência das boas relações que o Brasil tem feito com a China nesses últimos anos”, afirmou. Segundo ele, a aproximação entre os dois países tem deixado de ser apenas comercial para se tornar uma aliança geopolítica com peso crescente no cenário internacional.

Brasil e China, aliados pela paz

Lula enfatizou que tanto o Brasil quanto a China compartilham interesses fundamentais: paz, equilíbrio global e rejeição a conflitos. “Não temos interesse em ter contencioso com outros países. Nosso interesse é fortalecer o multilateralismo — e muito”, declarou o presidente, defendendo o diálogo e a diplomacia como pilares da política externa brasileira.

A fala se soma ao posicionamento recente do Brasil em fóruns como o BRICS e a ONU, onde o país tem defendido soluções coletivas e um sistema internacional mais representativo das nações do Sul Global.

Comércio justo e nova ordem econômica

Durante a conversa, Lula também fez críticas ao atual modelo de comércio internacional, que segundo ele ainda carrega resquícios de imposição e desequilíbrio. “Precisamos de um comércio mais justo, mais adequado, sem imposição de um país sobre outros”, afirmou. Para o presidente, um livre comércio mais equilibrado pode ser ferramenta eficaz para reduzir tensões globais.

“O livre comércio é algo que pode ajudar, inclusive, a evitar muitos dos conflitos que acontecem no mundo de hoje”, pontuou.

China como parceira estratégica da América Latina

Lula também destacou o papel do Brasil como ponte entre a China e a América Latina. “Temos muita importância para a China por sermos a maior economia da América Latina, o maior país da região, e por termos um comércio muito grande entre nós”, ressaltou. A China é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, especialmente nos setores de agronegócio, energia e infraestrutura.

Ao final da entrevista, o presidente reafirmou o desejo de aprofundar ainda mais a relação com Pequim: “O Brasil existe — e o Brasil quer ser parceiro de vocês”.

A expectativa é que a nova visita oficial de Lula à China consolide acordos econômicos, amplie a cooperação multilateral e aproxime ainda mais os dois países em temas sensíveis da política global.

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