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BYD consolida Brasil como eixo estratégico de sua cadeia global verde

Durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, a BYD aproveitou os holofotes da cúpula do clima para destacar o lugar do Brasil em sua estratégia global de novas energias. Em entrevista à Xinhua, o diretor-geral da BYD Brasil, Li Tie, afirmou que a empresa está acelerando sua presença no país e vê o mercado brasileiro não apenas como destino de vendas, mas como um eixo estratégico de toda a cadeia global verde que a companhia está construindo. Segundo ele, é por meio da combinação de inovação tecnológica e produção local que a montadora ajuda a impulsionar a transição verde brasileira.

Li explicou que o campo de atuação da BYD “vai além dos automóveis”, com a adoção de um modelo integrado que combina energia solar, sistemas de armazenamento e mobilidade elétrica. Um dos resultados mais visíveis desse esforço é a frota de 399 ônibus elétricos já entregue ao mercado brasileiro, parte da qual está em operação em Belém como veículos oficiais da COP30. A presença desses ônibus nas ruas da cidade-sede é apresentada pela empresa como um exemplo concreto de como a tecnologia de nova energia pode servir tanto à agenda climática quanto ao transporte urbano de massa.

Ao longo de mais de dez anos de atuação no Brasil, a BYD instalou fábricas de ônibus elétricos, módulos fotovoltaicos e baterias, ampliando gradualmente sua base industrial no país. Em outubro, a linha de produção de Camaçari, na Bahia, registrou um marco simbólico: foi dali que saiu o veículo que completou o total de 14 milhões de unidades de nova energia produzidas pela companhia. Para Li, esse tipo de resultado mostra que o Brasil passou a ser um elo importante não só na distribuição, mas também na fabricação de tecnologias verdes voltadas a diferentes mercados.

“O Brasil é mais que um mercado, é um elo central da cadeia global verde”, resumiu o executivo, adiantando que a partir da base brasileira a empresa pretende ampliar sua presença para a Argentina e outros países da região. Nessa estratégia, os números do próprio mercado brasileiro reforçam o potencial de expansão. Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) indicam que, entre janeiro e outubro de 2025, as vendas de veículos eletrificados no país chegaram a 219.394 unidades. A BYD liderou esse segmento, com 87.451 veículos comercializados e participação de 39,9% no período, desempenho que ajuda a explicar por que o país se tornou peça-chave nos planos globais da montadora chinesa.

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